Brachimetatarsia é um termo usado para descrever um encurtamento de um dos ossos do pé, chamados de metatarsais. Isso pode acontecer desde o nascimento ou ao longo da vida e ocorre devido ao fechamento precoce da epífise do metatarsal, que é a linha do crescimento.
Na braquimetatarsia, um ou mais metatarsaais são mais curtos do que o normal, o que pode afetar a posição natural dos ossos do pé.
Essa condição é mais comum em mulheres e pode ser unilateral ou bilateral. Geralmente, o quarto metatarsal é o mais afetado.
Em alguns casos, condições congênitas são a principal razão para tratamento cirúrgico, e foram identificadas associações com diversas condições genéticas e síndromes.
Braquimetatarsia pode causar desconforto de várias formas, como calosidades e lesões pelo calçado.
Os dedos adjacentes podem desviar na direção do dedo encurtado, formando deformidades em martelo e até hálux valgo, (joanete) dificultando a locomoção ou o uso de sapatos.
A dor dos metatarsais adjacentes (metatarsalgia) pode piorar os sintomas do pé.
O alívio dos sintomas pode ser conseguido com o uso de palmilhas.
Elas podem ser convencionais, ou feitas sob medida, dependendo do grau da deformidade da paciente.
Mas em alguns casos a dor pode persistir apesar das palmilhas.
Outra desvantagem é a impossibilidade do uso de palmilhas em sandálias e calçados abertos, muito comuns na rotina das mulheres.
O fator estético também não é alterado, e a paciente pode experimentar a sensação de insegurança ao uso de calçados que exponham a deformidade, afetando a autoestima feminina.
O alongamento do osso encurtado vai depender do tamanho da deformidade.
Se for preciso ganhar mais de 1 centímetro de comprimento, então a técnica padrão ouro é o alongamento gradual com fixador externo.
Se o caso pedir alongamento de até 1 centímetro, ele pode realizado em uma única cirurgia, sem a necessidade de fixação externa.
Uma das vantagens do alongamento gradual é que o paciente pode corrigir deformidades maiores e já sair andando após a cirurgia.